Depois de muita briga pelas comissões permanentes na Câmara, coube ao presidente, Mário César (PMDB), passar vergonha durante a sessão. Os integrantes da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) foram convocados para dar parecer sobre um projeto. Porém, o presidente da comissão, Airton Saraiva (DEM), e o membro, Edil Albuquerque (PMDB), não estavam.
Para resolver a ausência de Saraiva, Mário César convocou o vereador Flávio César (PTdoB), que compareceu imediatamente. Já para a vaga de Edil Albuquerque, o presidente convocou Luiza Ribeiro (PPS) e acabou passando vergonha. A vereadora, que foi rejeitada pelo grupo ligado a Mário César durante formação da comissão, se recusou a participar, deixando o presidente constrangido.
Com a recusa, o projeto foi apreciado apenas por quatro integrantes, tendo como curiosidade, ainda que o regimento não permita, a participação da vereadora Carla Stephanini (PMDB), autora do projeto, que ficou dando palpite durante a discussão do projeto pela CCJ.
Os vereadores que elegeram Mário César presidente da Câmara brigaram e não abriram mão da maioria das vagas nas comissões permanentes. A atitude foi vista com egoísmo pela base do prefeito, composta por nove vereadores. Indignados, eles abriram mão das comissões e se retiraram de todas.
O vereador Airton Saraiva (DEM) foi um dos que lideraram a blindagem contra a base do prefeito nas comissões. Justificando que as vagas já estavam preenchidas desde a composição de chapa para a presidência, o vereador liderou o grupo que cedeu apenas uma vaga para aliados do prefeito Alcides Bernal (PP) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), considerada a mais importante da Casa.
Cabe a CCJ o julgamento de todos os projetos que chegam na Câmara. Ela é capaz de derrubar um projeto antes dele chegar para votação no plenário. Com o arranjo da oposição, a presidência ficou com o maior opositor de Bernal, Airton Saraiva, a vice-presidência com Otávio Trad (PTdoB) e Paulo Pedra (PDT), Elizeu Dionízio (PSL) e Edil Albuquerque (PMDB) como integrantes.
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